
As histórias do herói expandem a ambientação das tramas terrestres para
um panorama cósmico. Assim, antes do surgimento de outras espécies no universo,
seres chamados de Guardiões do Universo concentraram o poder do elemento verde
em uma enorme bateria no planeta Oa. Tal artefato é responsável por fornecer
energia aos anéis da Tropa dos Lanternas Verdes, uma espécie de patrulha
espacial que mantém a ordem nas galáxias. A bateria, porém, continha uma falha:
a cor amarela, que diminuía o poder dos anéis verdes. Os Guardiões, então,
escondem o elemento amarelo para impedir que seja utilizado de forma indevida. Nesse
contexto, um ambicioso vilão fará de tudo para encontrar o elemento e destruir
toda a tropa.
O filme começa com o piloto de avião Hal Jordan como o novo
Lanterna Verde, embora nem desconfie que há uma complexidade muito maior em usar o anel. Na Terra, ele recebe a visita de Sinestro, Kilowog, Tomar-Re e
Boodikka, oficiais que foram em busca do corpo de Abin-Sur, alienígena que, ao morrer, cede o anel a Jordan. Após descobrirem que o corpo foi incinerado e conhecerem o novo portador do anel, levam o novato para Oa, pois pretendem utilizá-lo na captura do vilão Kanjar Ro, o
assassino do alienígena.
Como, segundo a equipe de produção, a origem de Hal Jordan já tinho
sido contada no filme Justice League: The New Frontier, o roteiro de Alan
Burnett estabelece a missão inicial de Jordan e sua primeira batalha.
A premissa, contudo, não é bem explorada no longa, pois o herói não demonstra
grande personalidade, desistindo de usar o anel facilmente ao primeiro sinal de
adversidade e ficando à sombra de outros lanternas durante missões paralelas.
Somente do meio para o fim é que o veremos mais determinado em suas
atribuições. Pela importância dele, sua conduta teria que ser melhor
estabelecida e ele deveria ser mais disposto desde o início, algo semelhante ao seriado em animação do Lanterna Verde, no qual Hal Jordan é extremamente propenso
aos confrontos e resolução dos problemas.
A direção de Lauren Montgomery tem altos e baixos, com bom suspense em
alguns momentos, mas com um clímax exagerado e pouco aceitável, até para um usuário do anel. Nesse ponto, a cineasta entrega uma sequência que, embora seja
bacana de se ver, soa megalomaníaca demais. Seria muito mais interessante se o confronto final fosse baseado na utilização de construtos.
Visualmente, a animação segue o padrão de qualidade DC Comics com
excelentes imagens e caracterização dos personagens. Como os traços são mais
próximos dos humanos, Montgomery acertou na técnica e foi coerente em não
utilizar a animação em computação gráfica, pois em muitas dessas versões a parte superior do corpo é bastante larga, enquanto as pernas são bem
finas, o que se distancia da realidade. Contudo, a parte visual não está livre
de imperfeições, principalmente quando acontecem excessos na representação de
emoções.
A primeira missão do mais famoso Lanterna Verde de todos os tempos tinha tudo para ser memorável, mas o roteiro ignora a força do personagem, inserindo-o como coadjuvante para justificar uma trama mais complexa. Que os roteiristas e diretores se inspirem em dois princípios básicos de um Lanterna Verde, força de vontade e imaginação, e criem uma próxima animação mais digna do herói.
A primeira missão do mais famoso Lanterna Verde de todos os tempos tinha tudo para ser memorável, mas o roteiro ignora a força do personagem, inserindo-o como coadjuvante para justificar uma trama mais complexa. Que os roteiristas e diretores se inspirem em dois princípios básicos de um Lanterna Verde, força de vontade e imaginação, e criem uma próxima animação mais digna do herói.
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