Criado em 1941 por Paul Norris e Mort Weisinger, o Aquaman (Arthur
Curry, Orin) sempre foi um personagem visto como secundário dentro do panteão de super-heróis
da DC Comics. Há quem goste dele, mas a grande maioria considera o herói “sem
graça” ou “alguém que só fala com peixes”.
Muito dessa visão limitada é decorrente da infantil versão
que a Hanna-Barbera produziu entre 1973 e 1985, versão esta que mostrava Arthur
integrando os Superamigos (a Liga da Justiça do desenho animado), muitas vezes cavalgando um cavalo marinho e realmente
comunicando-se com os peixes.
No entanto, Aquaman passou por diversas modificações ao
longo do tempo e, na década de 90, foi abordado nos quadrinhos de maneira mais séria,
com tramas que mostravam as dificuldades de comandar o reino de Atlantis. Passados mais
alguns anos e com a crescente popularidade do personagem, começaram as especulações
sobre a migração do herói para o cinema. Kiefer Sutherland seria o intérprete
do Soberano dos Mares, porém , o projeto nadou, nadou e morreu na praia.
À época, a alegação do estúdio era a mesma de qualquer outro que pretendia produzir um filme com tomadas aquáticas: “...elas são caras e cercadas de acidente”. Contudo, muitas ondas passaram, a tecnologia avançou e, finalmente, o projeto poderá ver a luz da superfície, pois a Warner Bros. confirmou que vai lançar um longa do herói em 2018 com Jason Momoa como protagonista. É isso mesmo, esqueça a cara de bonzinho e o cabelo arrumadinho, o negócio é mostrar o Rei dos Mares bem badass, com jeitão de guerreiro e chutando uns traseiros.
À época, a alegação do estúdio era a mesma de qualquer outro que pretendia produzir um filme com tomadas aquáticas: “...elas são caras e cercadas de acidente”. Contudo, muitas ondas passaram, a tecnologia avançou e, finalmente, o projeto poderá ver a luz da superfície, pois a Warner Bros. confirmou que vai lançar um longa do herói em 2018 com Jason Momoa como protagonista. É isso mesmo, esqueça a cara de bonzinho e o cabelo arrumadinho, o negócio é mostrar o Rei dos Mares bem badass, com jeitão de guerreiro e chutando uns traseiros.
- A oportunidade de explorar pontos do lendário reino de Atlântida na Atlantis do longa. Por se tratar de um reino, obviamente há classes sociais e espaço para desenvolver intrigas palacianas. Orin tem um meio-irmão, Orm (Mestre do Oceano), que pode buscar a hegemonia sobre o povo Atlante. Com isso, teríamos um defensor da justiça contra um antagonista ambicioso e manipulador. Peraí, já vi isso antes! Sim, vimos isso em Thor: reino lendário, meio-irmão, tomar o poder...mas, se a Warner for se preocupar com a concorrência, suas ideias vão ficar limitadas ao que os outros fizeram ou deixaram de fazer;
- Já que o estúdio adota uma postura mais realista em suas produções, poderia inserir uma leve pegada de conscientização ambiental com ações de ecoterrorismo em contraponto. Premissa perfeita para a entrada do Arraia Negra (ou Manta Negra como visto na animação Liga da Justiça), um dos principais inimigos do herói. Ele é um humano que usa um equipamento de mergulho de alta tecnologia, artefato que lhe garante suprimento de ar, aumento de força e equiparação ao nível do mocinho. Ou seja, possibilidades de tomadas na água, na superfície e muito quebra- pau;
- E ainda tem a Liga da Justiça. Como a inspiração para o roteiro parece que vai ser Os Novos 52, a produção poderia colocar o herói num conflito de ideais com seus aliados. Na trama, a superfície está prejudicando as profundezas dos mares, e como representante máximo dos oceanos, o atlante se vê na obrigação de intervir. Embora com um estopim e um desenvolvimento diferente, o recente arco Trono de Atlântida está aí para exemplificar tal abordagem.
Possibilidades de roteiro são muitas, mas a principal
oportunidade é a de fazer justiça ao herói. Alguém com força e capacidade de
nado sobre-humana, controle mental sobre criaturas marinhas e um tridente capaz
de cortar a pele do Superman não merece ser lembrado por essa imagem...
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