
O resultado da nova adaptação pode ser
conferido em
O Espetacular Homem-Aranha (The Amazing Spider-Man).
Para a direção foi escolhido Marc Webb (500 Dias com Ela) e o ator Andrew Garfield (A Rede Social) ficou com o papel do herói.
No filme, Peter Parker é um jovem nerd renegado na escola,
que foi abandonado misteriosamente pelos pais quando criança. Ele passa a morar
com os tios Ben (Martin Sheen) e May Parker (Sally Field). Certo dia, por
acaso, Peter encontra uma pasta com documentos, isso o leva até o
laboratório do Dr. Curt Connors (Rhys Ifans), cientista que trabalhou com seu
pai e sabe algo sobre o passado do jovem. Na realidade, a ida ao laboratório
para investigar o desaparecimento dos pais (que é esquecida no meio do caminho
como desculpa para um próximo filme) foi a maneira encontrada pelos roteiristas
para recontar a origem do herói. Sendo assim, já sabemos que Peter Parker foi
picado por uma aranha, mas isso é mostrado novamente.
Passado o começo do filme, a trama se torna mais
interessante. Webb explora bem o potencial de Andrew Garfield como Peter Parker antes dele efetivamente se tornar o Homem-Aranha. Então, o vemos na
escola, iniciando o romance com Gwen Stacy (Emma Stone), e aprendendo a usar os
poderes, inclusive com ênfase no seu lado nerd, pois ele constrói seu próprio
lançador de teias. Com a conhecida fatalidade que leva Parker a se tornar o
Homem-Aranha, o longa ganha boas cenas de ação e a direção é eficaz no uso da
tecnologia 3D com sequências em primeira pessoa. Porém, ao procurar
solucionar dilemas do herói, o roteiro de Alvin Sargent, James Vanderbilt e Steve Kloves se
perde em revelações apressadas demais para um primeiro filme, o que decepciona
do meio para o fim.
Uma pena que o roteiro não desenvolva bem a história, pois
Andrew Garfield nos entrega um Peter Parker mais seguro e fiel ao quadrinhos.
Como Homem-Aranha o ator também se destaca, sendo piadista e fazendo poses que
remetem às HQs. Emma Stone traz uma Gwen mais determinada, Martin Sheen e Sally
Field não decepcionam como os amáveis tios de Peter. O vilão Lagarto
interpretado por Rhys Ifans por captura de movimentos não é dos melhores, mas
consegue seu espaço e tem boas cenas de luta.
Enfim, o novo começo da franquia Homem-Aranha no cinema tem
seus pontos positivos e expande o que vimos nas outras produções, mas se excede ao
tentar impor mais drama a uma história já dramática. Afinal, Peter Parker tem
grandes poderes e com eles grandes responsabilidades. E julgando pela cena
pós-créditos, vemos que esse excesso está longe de acabar.
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