sábado, 31 de agosto de 2013

Os rumos do cinema nacional

Cristiano Almeida

Cartaz de Uma História de Amor e Fúria
Após muitos anos com um número limitado de produções em cartaz, o cinema nacional vem entregando cada vez mais filmes. Tal mudança se deve, em grande parte, ao modo como o povo brasileiro passou a enxergar os longas. Assim, alternamos de salas com pouquíssimas pessoas para milhões de espectadores  e, em alguns casos, repercussão internacional com direito a disputa do Oscar.

Os bons resultados nas bilheterias, os programas de incentivo e o maior interesse do público são fatores essenciais para a motivação em desenvolver novos enredos. Hoje, além de tramas que narram fatos históricos, reproduzimos problemas sociais, dramas e até nos arriscamos nos roteiros de ficção científica, como é o caso do ótimo O Homem do Futuro.

A produção nacional tem criatividade para elaborar longas como A Mulher Invisível, O Palhaço, 2 Coelhos e a animação Uma História de Amor e Fúria, trabalho que foi agraciado com o principal prêmio do Festival de Annecy, o Oscar da animação. Isso demonstra que com uma boa ideia e os incentivos adequados, podemos deixar a zona de conforto das comédias românticas ou das infindáveis “comédias do ano”. Vejam, é ótimo ter mais e mais filmes em nosso catálogo, mas também é necessário ser criterioso e não sair apenas lançando produções com qualidade duvidosa!

Outro ponto que deve ser analisado é a tendência do cinema nacional de gravar cinebiografias. Em uma pátria que se orgulha de ter filhos como Ayrton Senna, Ariano Suassuna, Chico Anysio, e tantos outros, será que é mesmo conveniente produzir uma cinebiografia da Bruna Surfistinha ou do Naldo?

Com relação a isso, os produtores - muitas vezes - seguem o caminho mais fácil e pegam um nome que “está na moda”, sendo que se olharem para a história vão ver que ela nos apresenta personagens imensamente mais interessantes de serem reproduzidos no cinema. Assim, os exemplos anteriores demonstram que, salvo algumas exceções, estamos no caminho certo e poderemos nos orgulhar ainda mais de ver o nome do Brasil entre os produtores da sétima arte.

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Jornalista apaixonado por cinema. Idealizou o blog com o desejo de partilhar as maravilhas da Sétima Arte com outros cinéfilos e quem mais se interessar pelo assunto.