Cartaz de Uma História de Amor e Fúria |
Os bons resultados nas bilheterias, os programas de
incentivo e o maior interesse do público são fatores essenciais para a
motivação em desenvolver novos enredos. Hoje, além de tramas que narram fatos
históricos, reproduzimos problemas sociais, dramas e até nos arriscamos nos
roteiros de ficção científica, como é o caso do ótimo O Homem do Futuro.
A produção nacional tem criatividade para elaborar longas
como A Mulher Invisível, O Palhaço, 2 Coelhos e a animação Uma História de Amor
e Fúria, trabalho que foi agraciado com o principal prêmio do Festival de
Annecy, o Oscar da animação. Isso demonstra que com uma boa ideia e os
incentivos adequados, podemos deixar a zona de conforto das comédias românticas
ou das infindáveis “comédias do ano”. Vejam, é ótimo ter mais e mais filmes em
nosso catálogo, mas também é necessário ser criterioso e não sair apenas lançando
produções com qualidade duvidosa!
Outro ponto que deve ser analisado é a tendência do cinema
nacional de gravar cinebiografias. Em uma pátria que se orgulha de ter filhos
como Ayrton Senna, Ariano Suassuna, Chico Anysio, e tantos
outros, será que é mesmo conveniente produzir uma cinebiografia da Bruna Surfistinha ou do
Naldo?
Com relação a isso, os produtores - muitas vezes - seguem o
caminho mais fácil e pegam um nome que “está na moda”, sendo que se olharem
para a história vão ver que ela nos apresenta personagens imensamente mais
interessantes de serem reproduzidos no cinema. Assim, os exemplos anteriores
demonstram que, salvo algumas exceções, estamos no caminho certo e poderemos
nos orgulhar ainda mais de ver o nome do Brasil entre os produtores da sétima arte.
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