
Na tentativa de manter a paz, Tony Stark (Robert Downey Jr.) pretende criar uma inteligência artificial capaz de atuar em escala global. Apelidado de Programa Ultron, o experimento - realizado em parceria com o Dr. Bruce Banner (Mark Ruffalo) - não sai como o esperado. A falha resulta na criação de um robô que, em pouco tempo (muito pouco, por sinal), acredita que a extinção da raça humana é a melhor solução para os males do mundo.
Ultron parte em busca de seus ideais e, no caminho, encontra duas das novas adições do elenco: Mercúrio e Feiticeira Escarlate (Aaron Johnson e Elizabeth Olsen, respectivamente), os gêmeos mutantes dos quadrinhos, que no filme são chamados de aprimorados. Ela acaba por ser mais interessante para a trama do que o irmão, pois, além da telecinesia, possui também poderes de manipulação mental. O uso desses poderes em diferentes personagens revela detalhes e possibilidades empolgantes para o Universo Marvel.
Nesse cenário, a revelação mais importante tem a haver com a presença de Thor (Chris Hemsworth). O Deus do Trovão é o primeiro a perceber que o surgimento das joias do infinito é parte de algo maior (a constante ameaça de Thanos como temos acompanhado). Um excelente ponto que pode ser abordado em Thor: Ragnarok, terceira aventura solo do filho de Odin nas telonas. Em termos de futuras produções do estúdio, Era de Ultron também abre espaço para um longa da Viúva Negra (Scarlett Johansson), com mais detalhes sobre seu passado, e o aguardado novo filme do Hulk.
A relação desses dois personagens, inclusive, é bem explorada neste novo Vingadores. Cresce entre eles não só uma confiança de companheiros de equipe, mas um interesse amoroso. É a chance de colocar Bruce Banner em mais um conflito interno e trazer à tona as angústias pelas quais o personagem passa. É nesse quesito também que conhecemos mais do passado do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), um passado que surpreende quem assiste e seus próprios companheiros.
Nessa percepção mais intimista de cada personagem, o diretor Joss Whedon nos mostra os medos, anseios e possibilidades a desenvolver de cada vingador. Para expor tudo isso, um vilão muito bem interpretado por James Spader, tanto na captura de movimentos como na dublagem. Ele é um reflexo distorcido de Tony Stark, seu criador, e com isso carrega o humor e o sentido de urgência nas atitudes.
A busca pelos objetivos de ambos proporcionam o nascimento de um dos melhores personagens do longa, o Visão (Paul Bettany, mesmo ator que dubla a voz de Jarvis). O sintozóide adiciona força ao grupo, sendo responsável por uma cena que arrancou gritos de euforia, não por ser mirabolante e cheia de efeitos, mas por responder com simplicidade uma questão que só foi solucionada pelos dignos.
Com personagens tão interessantes em mãos, Joss Whedon leva a aventura para vários lugares, colocando os heróis em atuação mundial para proteger os inocentes e destruir o vilão megalomaníaco. A sequência em terras africanas é muito importante por inserir referências a um filme da fase 3. E não pense que a referência é limitada a um simples elemento químico famoso nos quadrinhos, ela vai além e nos entrega muito mais.
Seguro pelo sucesso que alcançou no primeiro Vingadores, Whedon não se inibe em tentar novas formas de expandir a ação, sem esquecer de soltar uma piadinha nos momentos de tensão crescente (isso já é um padrão Marvel). O diretor cria algumas cenas que poderiam ser ilustradas em páginas de HQ's, tamanha sua semelhança com o enquadramento e movimentação dos personagens nas revistas.
Joss Whedon entrega o filme intimista que prometeu, mas isso apenas em alguns pontos, já que aumenta consideravelmente as batalhas. Nesse aumento, é notável que faltou espaço para detalhar melhor questões que ficaram em suspenso nos longas anteriores, principalmente em Homem de Ferro 3. Para um estúdio que preza pela ligação entre suas produções, esses detalhes são importantes para os fãs que acompanham com fidelidade a todos os longas. Porém, como essas pequenas partes não são capazes de estragar o resultado, elas serão esquecidas diante da sensação de que vem algo muito bom a seguir.
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Estou tão ansiosa para assistir esse filme. Sou apaixonada pelo Hulk então espero ansiosamente para sabe rum pouco mais sobre ele. Também estava bem curiosa sobre a ligação de Homem de Ferro 3 com os Vingadores a Era de Ultron, então agora me encontro preocupada! rsrs. Outra coisa que está me matando e esse possível desenvolvimento amoroso... Adorei sua crítica! Estou esperando grandes feitos desse filme, e já me encontro fascinada nos novos personagens da história! Bjokas.
ResponderExcluirentreumlivroe-outro.blogspot.com
Também gosto muito do Hulk. É o meu personagem preferido. Os detalhes citados incomodaram um pouco, mas, como disse, não ao ponto de estragar o resultado. Não precisa se preocupar! rsrs
ExcluirFico feliz que tenha gostado do texto. Os personagens novos são bem legais mesmo. Fiquei empolgado com o Visão. rsrs.
Quando assistir ao filme, aguardo suas impressões neste espaço. Obrigado pela visita!