Cristiano Almeida
A cena inicial de Planeta dos Macacos: O Confronto (Dawn of the
Planet of the Apes) demonstra o quão grande foi a devastação virótica iniciada
no longa anterior. Em escala mundial, a população humana reduziu
consideravelmente. A nação dos macacos, pelo contrário, cresceu e prosperou.

Partindo dessa premissa, acompanhamos César (Andy Serkis),
líder dos símios que se estabeleceram na floresta nos arredores de San Francisco.
Dez anos depois dos acontecimentos de A Origem, ele e seus comandados vivem com regras e
atividades definidas para cada membro em uma comunidade sólida. Porém, a
intervenção de um pequeno grupo de humanos, que sobreviveram ao vírus, pode
acabar com a paz dos macacos.
A liderança de César é intensificada em vários nuances pelo
roteiro de Mark Bomback, Rick Jaffa e Amanda Silver. O protagonista é firme, mas justo; amoroso,
mas ameaçador. É uma liderança caracterizada pela inteligência e estratégia,
que age de acordo com a situação, e não impulsivamente.
Além de ser um líder, César precisa lidar com as preocupações de um pai, tentando ensinar e proteger seu filho. A presença do jovem é uma sacada interessante do
texto, pois ele transmite em seu semblante a dúvida com relação aos humanos, com
esse ponto sendo explorado de maneira excelente. De um lado ele tenta se
espelhar no pai, de outro sofre a influência de Koba, braço direito do líder,
que só enxergou o lado ruim dos humanos.
Com muitas emoções a serem exploradas, entra em cena o
incrível sistema de captura de movimentos. Andy Serkis é mais uma vez memorável,
transmitindo os sentimentos do macaco de maneira única. Toby Kebbell também é destaque no papel de Koba, pois interpreta um vilão que impressiona pelo visual
e pelas atitudes ardilosas.
Trabalhando o conflito de ideias, o diretor Matt Reeves conta
uma história balanceada entre momentos família, a tensão que antecede um
conflito e a ação. Positivamente, o Design de Produção tem importante parcela na narrativa, porque mostra a
ascensão da comunidade símia, que, embora seja rústica, é bem estruturada, em
contraponto à localização humana, que é decadente.
Planeta
dos Macacos – O Confronto consolida ainda mais o potencial da franquia. A produção entretém com ótimas cenas de
ação e referências aos longas antigos, e ainda levanta questões que nos fazem
refletir. Com o gancho para o próximo filme lançado, o próprio César nos dá a
dica: “A guerra começou.”
Simples, bem escrita e retratou bem o que senti no Cinema. Realmente a interpretação de Andy Serkis por captura de movimentos é incrível, conseguimos nos emocionar apenas pelo olhar.
ResponderExcluirObrigado! Andy Serkis é um ator fantástico e merecia um Oscar por sua interpretação.
ResponderExcluir