segunda-feira, 16 de junho de 2014

A Culpa é das Estrelas – Crítica

Cristiano Almeida

A Culpa é das Estrelas (The Fault in Our Stars) é a adaptação do aclamado romance de John Green. A obra, inspirada na vida de doentes terminais, apresenta a relação entre um jovem casal que encontra o amor em meio à incerteza que a doença, o câncer, proporciona. O filme transpõe para a tela toda a antítese que o livro representa, com um resultado digno de arrancar lágrimas até dos mais fortes.

Shailene Woodley interpreta Hazel Grace, garota que basicamente vive a rotina de transitar entre sua casa e a clínica de oncologia. Motivada por sua mãe, Hazel começa a participar de um grupo de apoio a pessoas com câncer, local onde conhece Augustus Waters (Ansel Elgort), rapaz que já enfrentou a doença, mas carrega consigo uma grande força de espírito.

Receosa no início, a garota vai gradativamente se apaixonando por Gus, que apresenta a ela uma nova perspectiva de vida dentro das limitações do diagnóstico. À medida que cresce a paixão dos dois, aumenta também a tensão imposta pela doença, e a produção vai criando suas reviravoltas e surpreendendo.

O roteiro assinado pela dupla Scott Neustadter e Michael H. Weber é bem balanceado, preocupado com a fidelidade, pois utiliza frases de impacto do livro, quase como um monólogo, e distingue bem a personalidade de seus protagonistas. Em meio ao drama, ainda há espaço para algumas piadas e um humor negro que definitivamente arranca risadas.

Com esse texto em mãos, o diretor Josh Boone obtém um ótimo resultado sobre como a doença afeta os jovens. Lançando mão de recursos visuais, como caixas de texto que surgem na tela quando o casal troca mensagens, o diretor consegue uma identificação com o público e trata o assunto não de forma melancólica, mas sim com a intenção de se extrair algo de bom, mesmo diante da pior das situações.

Além de um bom material de base e cineastas competentes no comando da adaptação, o longa conta com um casal de protagonistas entregue aos seus papéis. Ansel Elgort vive um típico garoto popular, extrovertido, amigo e determinado; Shailene Woodley desponta como uma das melhores atrizes de sua geração e personifica as dificuldades de uma paciente terminal com exatidão.

Entre momentos de romance e a tensão do drama, a produção emociona e transmite uma bela mensagem. Numa época em que muitas relações são identificadas por aparência ou status, o filme diz que o verdadeiro amor surge de onde menos se espera, cresce diante da adversidade e pode representar um infinito dentro de dias numerados.

5 comentários:

  1. Tua crítica foi bem positiva e bem escrita.
    Ainda não senti vontade de assistir o filme. Li o livro, achei bom, mas não a ponto de ser marcante ou mesmo de me aguçar a vontade de ir ao cinema. O que achei legal aqui é que tu fez uma boa observação sobre receber uma bela mensagem de uma história que tinha tudo para ser melancólica e triste.

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  2. Muito obrigado, Nanda. Fico feliz em saber que você gostou do meu texto. Caso assista ao filme, aguardo suas impressões aqui neste espaço.

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  3. Como sua namorada sou suspeita pra dizer que seu texto é maravilhoso e que o filme me arrancou muitas lágrimas!

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  4. Sim, é suspeita, mas é bom saber que meu texto representa tudo isso. rsrs. Realmente, é um filme comovente.

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  5. Mão no queixo forever, my dear!

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Editor

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Jornalista apaixonado por cinema. Idealizou o blog com o desejo de partilhar as maravilhas da Sétima Arte com outros cinéfilos e quem mais se interessar pelo assunto.