quarta-feira, 1 de maio de 2013

Guillermo del Toro, o injustiçado

Cristiano Almeida

Guillermo del Toro
Sempre gostei dos trabalhos de Guillermo del Toro, cineasta mexicano que, na minha opinião, tem ideias bacanas para filmes, independente se elas forem na direção ou produção, vide O Labirinto do Fauno, Hellboy, Círculo de Fogo, O Orfanato e Mama. Ele até comandaria O Hobbit, mas como o estúdio demorou a dar o sinal verde para o início das filmagens, o diretor não pode conciliar a agenda.  

Com toda essa bagagem, del Toro não está livre de ser um campeão de projetos cancelados ou adiados indefinidamente, como filmes, animações, séries e até games. O último cancelamento foi o de sua versão em stop-motion 3D para o clássico Pinóquio, baseada no livro do escritor Gris Grimly. A justificativa dos produtores de Hollywood foi de que Frankenweenie, animação que emprega a mesma técnica, fracassou nas bilheterias e não seria viável bancar um projeto semelhante. 

Que justificativa mais duvidosa, não? Quer dizer que se um longa tiver uma técnica ou premissa semelhante a outro que foi mal em bilheteria, não deve ser produzido? Se isso for verdade, perderemos a chance de ver novas interpretações e boas obras cinematográficas. 

Apesar do histórico de cancelamentos, del Toro divulgou que pretende adaptar ao cinema a Liga da Justiça Sombria, grupo da DC Comics que apresenta personagens como Monstro do Pântano, John Constantine, Etrigan, entre outros. Ele gostaria também de fazer um Hellboy 3, mas está encontrando dificuldade no financiamento. O curioso é que obras com qualidade bem inferior são financiadas facilmente.

O problema é que o cinema americano parece não confiar integralmente na capacidade do cineasta. Está na hora de Hollywood enxergar o mexicano como uma fonte de boas ideias e não apenas como um diretor eventual.

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Jornalista apaixonado por cinema. Idealizou o blog com o desejo de partilhar as maravilhas da Sétima Arte com outros cinéfilos e quem mais se interessar pelo assunto.