segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Maze Runner: Correr ou Morrer – Crítica

Cristiano Almeida

Adaptação do primeiro livro de uma trilogia escrita por James Dashner, Maze Runner: Correr ou Morrer (The Maze Runner) é a nova aposta do cinema infanto-juvenil. Ao contrário de outros exemplares que utilizam o romance como ponto de partida, a ideia do longa é explorar a relação dos jovens na busca pela sobrevivência em um ambiente hostil.

O ambiente é um imenso labirinto, local que cerca a Clareira e onde vivem os Clareanos, jovens rapazes que são enviados para lá, um a um, sem lembranças das razões de estarem ali. Diariamente, os imensos portões da Clareira se abrem, permitindo o acesso ao labirinto. Alguns garotos se aventuram na procura pela saída, mas o problema é que a construção abriga muito mais que uma série de caminhos distintos.  

Os jovens seguem nessa rotina, mantendo uma comunidade com regras e tarefas, e uma esperança ofuscada pelos insucessos na busca pela liberdade. Com a chegada de Thomas (Dylan O’Brien), a rotina muda completamente. Ele é curioso e sua personalidade não se encaixa com a dos demais. Há no rapaz uma determinação maior e sua busca por respostas é o estopim para as várias relações pessoais seguintes.

Sem espaço para o romance, a produção usa a liderança, a amizade, a identificação, o conflito de ideias para mostrar como os rapazes sentem-se em relação àquela constante prova. A trama é construída com uma base muito boa de suspense, mantendo o espectador ligado do começo ao fim. Quando o ritmo começa a cair, um acontecimento traz uma nova revelação e desperta o interesse no que vem a seguir.

O filme foi feito com um orçamento bem reduzido para os padrões hollywoodianos, o que fica aparente em alguns efeitos visuais. No entanto, o diretor Wes Ball utiliza com inteligência os recursos que tem, empregando uma montagem balanceada e cenas dinâmicas no labirinto, já que ele é caracterizado pelas constantes mudanças e pela grandiosidade. A ressalva na produção fica por conta do roteiro, que embora acerte no suspense, peca na falta de atenção à continuidade de algumas cenas.

Para um primeiro filme muitas perguntas foram lançadas e respondidas de maneira satisfatória até certo ponto ou fase. O interessante é que a presença dos jovens no local é parte de algo muito maior, fato que deixa o gancho para a próxima aventura engatilhado. Assim como Thomas, fomos apresentados a uma situação, situação esta que estimulou a curiosidade em descobrir o que vem depois dos portões, do labirinto e além dele.

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Jornalista apaixonado por cinema. Idealizou o blog com o desejo de partilhar as maravilhas da Sétima Arte com outros cinéfilos e quem mais se interessar pelo assunto.