
O ambiente é um imenso labirinto, local que cerca a Clareira
e onde vivem os Clareanos, jovens rapazes que são enviados para lá, um a um,
sem lembranças das razões de estarem ali. Diariamente, os imensos portões da
Clareira se abrem, permitindo o acesso ao labirinto. Alguns garotos se
aventuram na procura pela saída, mas o problema é que a construção abriga muito
mais que uma série de caminhos distintos.
Os jovens seguem nessa rotina, mantendo uma comunidade com
regras e tarefas, e uma esperança ofuscada pelos insucessos na busca pela liberdade. Com a chegada de Thomas (Dylan O’Brien), a rotina muda completamente.
Ele é curioso e sua personalidade não se encaixa com a dos demais. Há no rapaz uma
determinação maior e sua busca por respostas é o estopim para as várias
relações pessoais seguintes.
Sem espaço para o romance, a produção usa a liderança, a
amizade, a identificação, o conflito de ideias para mostrar como os rapazes
sentem-se em relação àquela constante prova. A trama é construída com uma base muito boa de
suspense, mantendo o espectador ligado do começo ao fim. Quando o ritmo começa
a cair, um acontecimento traz uma nova revelação e desperta o interesse no que
vem a seguir.
O filme foi feito com um orçamento bem reduzido para os
padrões hollywoodianos, o que fica aparente em alguns efeitos visuais. No
entanto, o diretor Wes Ball utiliza com inteligência os recursos que tem, empregando
uma montagem balanceada e cenas dinâmicas no labirinto, já que ele é caracterizado
pelas constantes mudanças e pela grandiosidade. A ressalva na produção fica por conta do roteiro, que embora acerte no
suspense, peca na falta de atenção à continuidade de algumas cenas.
Para um primeiro filme muitas perguntas foram lançadas e
respondidas de maneira satisfatória até certo ponto ou fase. O interessante é
que a presença dos jovens no local é parte de algo muito maior, fato que
deixa o gancho para a próxima aventura engatilhado. Assim como Thomas, fomos apresentados
a uma situação, situação esta que estimulou a curiosidade em descobrir o que
vem depois dos portões, do labirinto e além dele.
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