segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Pets: A Vida Secreta dos Bichos - Crítica

Cristiano Almeida

Se você tem um bichinho de estimação, com certeza já se perguntou o que ele faz durante a sua ausência. Será que ele passa o tempo brincando, dormindo ou apenas esperando seu retorno? É com base nessa premissa que a Illumination Entertainment, mesmo estúdio de Meu Malvado Favorito e Minions, lança Pets: A Vida Secreta dos Bichos (The Secret Life of Pets) e usa a imaginação para nos mostrar as peripécias dos animais.

Como protagonista da animação temos Max, um terrier que levava uma vida pacata até o dia em que sua dona adota o desengonçado Duque. Ao tentarem superar suas diferenças caninas durante um passeio, acabam se perdendo em plena na ilha de Manhattan e terão que se unir para voltar para o conforto do lar. Sorte deles que Max tem uma admiradora, a aparentemente dócil Gigi, cadelinha que fará de tudo para encontrar seu amor. 

Para a missão de resgate ela convoca um time bastante eclético de ajudantes: dois cães, uma gata, um canário, um porquinho-da-índia e um gavião. Em paralelo, Max e Duque entram involuntariamente numa gangue de animais rejeitados pelos donos, um grupo ainda mais variado e maluco que o anterior. Os membros são: um coelho psicótico que quer acabar com a raça humana, um porco tatuado, uma iguana, gatos, jacarés e vários outros bichos que vivem no submundo da ilha.

O encontro com a gangue de Bola de Neve, o coelho surtado, serve para nos apresentar duas realidades. Em uma temos os animais que são criados com carinho e dedicação, na outra, infelizmente, ainda nos deparamos com situações de descaso e abandono. Tal atitude acarreta não só problemas para o animal, que fica propenso aos perigos da cidade, como para a população, sujeita a lidar com grandes infestações ou surto de doenças.

Além dessa mensagem de conscientização, Pets investe também na importância da amizade, seja entre um humano e seu animal, seja entre os próprios bichinhos. Afinal, é com esses laços que acompanhamos os protagonistas enfrentando todas as dificuldades, fazendo uso de seus instintos, das características de cada espécie e de muita esperteza para voltarem para seus lares. 

Aproveitando a experiência adquirida em Meu Malvado Favorito, o diretor Chris Renaud traz para A Vida Secreta dos Bichos, o traço caricatural e colorido das animações do estúdio. A recriação precisa da arquitetura de Nova York é só um dos exemplos de como a Illumination gosta de misturar dois mundos, de como suas tramas conseguem inserir fantasia dentro de um contexto real e divertir tanto. Aqui, as atitudes dos animais variam entre um cãozinho que aguarda a volta da dona e um que massageia seu corpo em uma batedeira; entre um que protege seu lar e outro que ouve Vivaldi perto do dono e System of a Down na ausência dele. 

Com referência aos Minions e um easter egg do próximo trabalho do estúdio, Sing - Quem Canta Seus Males Espanta, Pets mostra que os filmes fazem parte de um mesmo mundo. Um mundo que chegou para divertir crianças e adultos e se juntar às obras da Disney, Pixar, DreamWorks e dos grandes estúdios de animação.

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Jornalista apaixonado por cinema. Idealizou o blog com o desejo de partilhar as maravilhas da Sétima Arte com outros cinéfilos e quem mais se interessar pelo assunto.