
A trama tem como base a saga Eu, Wolverine, criada por Chris Claremont e
Frank Miller, na qual Logan vai ao Oriente em busca de amor, mas encontra
apenas fúria. Humilhado em combate diante de sua amada, a bela Mariko Yashida,
o mutante descarrega sua ira na organização criminosa Tentáculo.
O longa tem início após os eventos de X-Men
3: O Confronto Final e não X-Men Origens: Wolverine como sugeria a cena
pós-créditos. A mudança ocorreu, pois o estúdio decidiu
ignorar a produção anterior e dar um reboot na franquia, devido às criticas
citadas acima.
O roteiro de Mark Bomback e Scott Frank volta
bastante no tempo, antes do projeto Arma-X, e apresenta Wolverine (Hugh
Jackman) ainda com garras de osso, numa prisão em Nagasaki, no Japão. Esse
momento da trama é importante para os acontecimentos posteriores e é
também o responsável por uma ótima cena do uso do fator de cura.
Com um salto temporal, encontramos o mutante
vivendo como um ermitão, atormentado pela morte de Jean Grey (Famke Janssen),
que a todo momento surge em seus sonhos. Decidido a não mais lutar, o herói acaba envolvido em uma mescla do Japão tradicional com o contemporâneo, algo que é
muito bem retratado pela Direção de Arte.
Apesar de todos os conflitos internos, Logan
sente-se atraído por Mariko Yashida (Tao Okamoto), neta de um homem salvo pelo
mutante no passado, que oferece uma forma inusitada de retribuir o favor.
Assim, surge espaço para a presença de outros personagens, como Yukio (Rila
Fukushima), kunoichi que ajuda Wolverine, e os vilões Viper (Svetlana
Khodchenkova) e Samurai de Prata, infelizmente descaracterizados ao longo da
produção.
Na direção, James Mangold entrega um
interessante choque de culturas, pois coloca Wolverine, um homem rústico,
diante dos vários hábitos e crenças do povo japonês. Esse fator contribuiu para
que o diretor conseguisse o melhor resultado na exploração do romance entre o
casal. Nas cenas de ação, o contraste também é a base para Mangold entregar
boas sequências, com a ressalva de uma no famoso trem-bala japonês, que não se conecta
ao perfil do mutante, em virtude do exagero em sua execução.
Entre erros e acertos, Wolverine: Imortal
termina com um resultado mediano, semelhante ao alcançado no longa anterior. Ou
seja, o filme elimina alguns pontos falhos da primeira produção, como o excesso
de personagens, mas apresenta seus próprios erros. A cena pós-créditos, porém,
é muito interessante e faz ligação com X-Men: Dias de um Futuro Esquecido,
criando um novo rumo para o mutante, que é tão querido nas HQ’s, mas divide
opiniões no cinema.
Leia a crítica de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
Leia a crítica de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
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