terça-feira, 2 de junho de 2015

Wolverine: Imortal - Crítica

Cristiano Almeida

Wolverine: Imortal (The Wolverine) é o retorno do mutante mais querido da Marvel em uma aventura solo. A produção tenta melhorar a imagem do herói no cinema após o primeiro longa, X-Men Origens: Wolverine, ter recebido duras críticas.

A trama tem como base a saga Eu, Wolverine, criada por Chris Claremont e Frank Miller, na qual Logan vai ao Oriente em busca de amor, mas encontra apenas fúria. Humilhado em combate diante de sua amada, a bela Mariko Yashida, o mutante descarrega sua ira na organização criminosa Tentáculo.
 
O longa tem início após os eventos de X-Men 3: O Confronto Final e não X-Men Origens: Wolverine como sugeria a cena pós-créditos. A mudança ocorreu, pois o estúdio decidiu ignorar a produção anterior e dar um reboot na franquia, devido às criticas citadas acima.

O roteiro de Mark Bomback e Scott Frank volta bastante no tempo, antes do projeto Arma-X, e apresenta Wolverine (Hugh Jackman) ainda com garras de osso, numa prisão em Nagasaki, no Japão. Esse momento da trama é importante para os acontecimentos posteriores e é também o responsável por uma ótima cena do uso do fator de cura. 

Com um salto temporal, encontramos o mutante vivendo como um ermitão, atormentado pela morte de Jean Grey (Famke Janssen), que a todo momento surge em seus sonhos. Decidido a não mais lutar, o herói acaba envolvido em uma mescla do Japão tradicional com o contemporâneo, algo que é muito bem retratado pela Direção de Arte. 

Apesar de todos os conflitos internos, Logan sente-se atraído por Mariko Yashida (Tao Okamoto), neta de um homem salvo pelo mutante no passado, que oferece uma forma inusitada de retribuir o favor. Assim, surge espaço para a presença de outros personagens, como Yukio (Rila Fukushima), kunoichi que ajuda Wolverine, e os vilões Viper (Svetlana Khodchenkova) e Samurai de Prata, infelizmente descaracterizados ao longo da produção. 

Na direção, James Mangold entrega um interessante choque de culturas, pois coloca Wolverine, um homem rústico, diante dos vários hábitos e crenças do povo japonês. Esse fator contribuiu para que o diretor conseguisse o melhor resultado na exploração do romance entre o casal. Nas cenas de ação, o contraste também é a base para Mangold entregar boas sequências, com a ressalva de uma no famoso trem-bala japonês, que não se conecta ao perfil do mutante, em virtude do exagero em sua execução. 

Entre erros e acertos, Wolverine: Imortal termina com um resultado mediano, semelhante ao alcançado no longa anterior. Ou seja, o filme elimina alguns pontos falhos da primeira produção, como o excesso de personagens, mas apresenta seus próprios erros. A cena pós-créditos, porém, é muito interessante e faz ligação com X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, criando um novo rumo para o mutante, que é tão querido nas HQ’s, mas divide opiniões no cinema.

Leia a crítica de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

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Jornalista apaixonado por cinema. Idealizou o blog com o desejo de partilhar as maravilhas da Sétima Arte com outros cinéfilos e quem mais se interessar pelo assunto.