
Na trama, o mundo é dividido
em apenas duas nações: a Federação Unida da Bretanha, liderada pelo chanceler
Cohaagen (Bryan Cranston), e a Colônia. A primeira é o lado rico do mundo, a
segunda, a classe pobre e oprimida. O único meio de ligação entre elas é um
elevador que conecta os dois continentes chamado de “A Queda”.
Douglas Quaid (Colin Farrell) é um operário que mora na Colônia e está cansado de sua rotina. Ele decide procurar a empresa Rekall, organização que promete implantar memórias nas pessoas para que elas sejam quem quiserem. O procedimento de Quaid dá errado e, a partir desse evento, ele começa a ser caçado pela polícia e por Lori (Kate Beckinsale), questionando se o que está vivendo e realidade ou ficção. Em sua ajuda aparece Melina (Jessica Biel), a tenente da resistência que luta contra a opressão.
Douglas Quaid (Colin Farrell) é um operário que mora na Colônia e está cansado de sua rotina. Ele decide procurar a empresa Rekall, organização que promete implantar memórias nas pessoas para que elas sejam quem quiserem. O procedimento de Quaid dá errado e, a partir desse evento, ele começa a ser caçado pela polícia e por Lori (Kate Beckinsale), questionando se o que está vivendo e realidade ou ficção. Em sua ajuda aparece Melina (Jessica Biel), a tenente da resistência que luta contra a opressão.
A premissa é boa, mas não é explorada no filme. Enquanto no
longa de 90 a
história acompanhava o protagonista tentando descobrir a verdade, nesse remake temos cenas e cenas de ação
em uma espécie de perseguição de gato e rato. Basicamente, Quaid e Melina fogem
da polícia em alucinantes sequências até chegar ao embate final. Os
protagonistas se esforçam, mas Jessica Biel aparece mais como a donzela a ser salva e Colin Farrell não impõe a mesma presença de cena de
Schwarzenegger.
Em sua busca por homenagear o antecessor, a produção amplia
algumas experiências, como o aspecto futurista, obviamente melhorado com o
avanço tecnológico, mas é equivocado em outras tentativas. Por exemplo, no
original o protagonista encontra mutantes, inclusive uma prostituta de três
seios, quando vai à Marte. Aqui, a história é centrada nas nações que ficam na
Terra, mas mesmo assim a personagem aparece. Ou seja, se a trama busca ser mais
“real”, não há lógica para essa aparição.
Deixando o roteiro de lado, o filme se sobressai na
técnica. A Direção de Arte contempla o oposto social com
o refinamento da Bretanha e o superpovoamento de Colônia; as sequências de ação são muito bem realizadas, merecendo destaque uma ótima
cena de perseguição com carros que lembram os veículos de Minority Report. Outro ponto interessante é a presença dos Synthetics,
policiais robôs que perseguem o protagonista e rendem bons momentos,
principalmente na utilização da câmera lenta.
Analisando a produção isoladamente, ela é eficaz nos quesitos
técnica, ação e entretenimento. Agora, quando comparado ao original, fica a
sensação que faltou muito para uma equiparação, pois em busca de uma versão
mais realista (o que parece ser tendência em Hollywood), o longa se perde no
meio do caminho, deixando a desejar no desenvolvimento dos personagens e da
própria trama. Para quem não conhece o filme de 1990, essa versão até pode
agradar, mas para quem cultua o clássico, as comparações serão inevitáveis e
com isso as críticas serão bem reais.
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