domingo, 28 de junho de 2015

Minions - Crítica

Cristiano Almeida

MINIONSMeu Malvado Favorito foi a produção de estreia do Illumination Studios. Além de ser um grande sucesso, o filme apresentou ao mundo os Minions, os carismáticos ajudantes do vilão Gru. Com a popularidade em alta, as criaturinhas chegam agora em aventura solo para conhecermos um pouco mais sobre suas origens.

A origem deles, aliás, remonta aos tempos pré-históricos, onde eles eram apenas organismos unicelulares que acompanharam as mudanças do mundo. Evoluindo para a forma como os conhecemos hoje, os Minions passavam seus dias em busca de um vilão a quem seguir. T-Rex, homem das cavernas, Drácula, Napoleão Bonaparte, esses e outros personagens eram considerados a liderança perfeita para comandar os seres amarelos. O problema era que, acompanhados pelos monstrinhos, os líderes não duravam muito tempo.

Sem um vilão, os Minions ficaram sem rumo, sem vontade de viver. Preocupado com sua tribo, Kevin se une a Stuart e Bob para encontrar um novo mestre. Nessa empreitada, o trio vai parar em Nova York, local onde ficam sabendo da Expo Vilão, evento que iria apresentar a maior vilã de todos os tempos, Scarlet Overkill (voz de Sandra Bullock no original e Adriana Esteves na versão dublada).

Com a participação de Scarlett, a aventura chega até a Inglaterra e as confusões envolvem a coroa britânica. Nesse ponto, a técnica da animação é elevada ao máximo, com uma recriação precisa do território inglês e de pontos turísticos como o Big Bang, além, é claro, dos costumes. O chá das cinco não poderia faltar. 

Toda a base histórica do filme é, obviamente, retratada sob a visão dos Minions, o que rende situações hilárias. A criação das pirâmides, Napoleão Bonaparte na batalha de Waterloo, o movimento hippie, tudo ganha uma nova versão com a intromissão dos monstrinhos. As referências aos grandes momentos do mundo artístico também fazem parte do enredo. Andy Warhol e Beattles que o digam.

Essas referências tornam a animação um ótimo entretenimento para os adultos. As crianças acabam se divertindo com as traquinagens das criaturinhas, mas ainda não tem a experiência para identificar  elementos ou sacar certas piadas. Como o filme consegue juntar inocência e piadas mais elaboradas, a oportunidade é imperdível para a reunião familiar.

O conceito familiar, inclusive, é muito presente no longa. Percebe-se uma semelhança como Meu Malvado Favorito nesse sentido. Na primeira produção, as três garotas tinham personalidades distintas: a mais velha era a líder, que cuidava das irmãs, a mais nova era meiga e carinhosa, enquanto a do meio era sonhadora e mais radical. Com Kevin, Stuart e Bob também temos isso. Foi Kevin quem assumiu a responsabilidade de cuidar dos irmãos e essa relação de proteção e amor é um dos pontos marcantes no quesito história.

Trilha sonora composta por grandes nomes do rock, referências aos momentos históricos e cenas engraçadíssimas (a da guitarra é genial) fazem de Minions diversão pura. Com uma ótima ligação entre a origem das criaturinhas e o primeiro filme de Gru, ficamos conhecendo um pouco mais sobre eles, de onde eles vieram, e terminamos gostando ainda mais desses adoráveis personagens.

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Jornalista apaixonado por cinema. Idealizou o blog com o desejo de partilhar as maravilhas da Sétima Arte com outros cinéfilos e quem mais se interessar pelo assunto.