
Na produção de 1993, John Hammond (Richard Attenborough) desejava ver seu parque temático em pleno funcionamento, trazendo os animais mais dóceis para interagir com o público e os carnívoros para serem observados de uma distância segura. Jurassic World concretiza esse sonho, demonstrando o parque funcionando há anos e recebendo milhares de visitantes. Para manter o interesse do público, novas espécies são apresentadas, como um dinossauro aquático, e outras são especialmente criadas para o espetáculo.
O avanço da genética e a manipulação do DNA permitiu aos cientistas a criação de um híbrido com características de algumas espécies, o Indominus Rex. Grande, ágil e inteligente, o animal traria mais público e investimento para o parque. Porém, como disse o personagem Owen (Chris Pratt): "...não foi uma boa ideia."
Mais de vinte mil pessoas num parque localizado em uma ilha, dinossauros de todos os tipos à solta, e a única alternativa para os humanos é correr e torcer para não ser devorado pelos predadores. Na tentativa de resolver o problema, temos o já citado Owen - um domador de dinossauros - e Claire (Bryce Dallas Howard), a dedicada administradora do local. Além de lutar para evitar uma tragédia, ela tem uma preocupação ainda maior: seus sobrinhos, que foram deixados sob sua responsabilidade, estão perdidos no parque.
Em termos de personagens e motivação, o filme não se diferencia muito do original, pois apresenta quase a mesma ideia para o desenrolar da trama: dinossauros livres, crianças sozinhas, um especialista em ação... Porém, é com essa aura de remake com continuação que o longa não deixa de tratar de algumas ideias interessantes, como os limites da ética científica e o uso dos dinossauros como armas. Em meio ao caos, há quem pense em lucro e soberania militar.
A composição do roteiro não poderia estar em melhores mãos. Rick Jaffa e Amanda Silver - dupla responsável pelo ótimo Planeta dos Macacos: A Origem - sabem contar histórias que tratam da interação entre humanos e animais inteligentes em situações extremas. Eles gostam de estabelecer o enredo, deste tipo de filme, dentro de um eixo que mostra um convívio pacífico entre dois pontos, mas que começa a ser envolvido por uma tensão crescente que resulta em conflitos violentos.
Para ambientar a trama, o diretor Colin Trevorrow amplia os limites do parque original. O que no longa de 93 abrigou uma cena clássica, aqui é uma referência, uma lembrança, um mecanismo narrativo para demonstrar a passagem do tempo. Quando um dos sobrinhos de Claire abre a janela do quarto do hotel que tem como vista o parque, é como se fôssemos convidados a embarcar naquela aventura. Estamos falando de um diretor que dá sequência a um trabalho de Steven Spielberg e que, certamente, ainda precisa de mais para se equiparar, mas que consegue nos fazer torcer pelos protagonistas, sejam eles humanos ou dinossauros.
Jurassic World faz jus ao legado da franquia. Ouvir o tema original de John Williams, ver os Velociraptors emitindo seus sons característicos e correndo a toda velocidade, e ainda conferir um retorno grandioso no final é a chave para despertar aquele sentimento de nostalgia, aquele sentimento de ter acompanhado um filme inovador e saber que, com esta nova produção, o Parque dos Dinossauros está de volta.
Oi Cristiano, tudo bem? Vi o filme no dia da estreia e por coincidência acabei de fazer minha critica tbm! O filme é um presente para o fãs e consegue tbm encantar a nova geração! Impagável escutar a musica tema novamente ♥ Adorei!
ResponderExcluirBeijos,
Joi Cardoso
Estante Diagonal
Oi Joi, tudo bom. A produção realmente agrada as duas gerações, pois mescla elementos que nos encantaram no longa original com novas ideias. Adorei também!
ExcluirObrigado pela visita.