sábado, 17 de janeiro de 2015

Velozes e Furiosos 6 – Crítica

Cristiano Almeida

Idealizada como a adaptação de um artigo de jornal sobre gangues que tunavam carros, a franquia Velozes e Furiosos (Fast & Furious) foi gradativamente tomando novos rumos. Entre rachas e drifts, elementos de produções policiais e filmes de assalto ganharam espaço e indicaram novas possibilidades para Dominic Toretto, Brian O’Conner e companhia. Obviamente, os carros, as corridas e perseguições continuam lá, mas as tramas estão procurando focar mais na relação de seus personagens. 

Após o bem-sucedido e frenético assalto visto no quinto filme, Toretto (Vin Diesel), O’Conner (Paul Walker) e os outros membros do grupo usufruem da grana em tranquilidade. Porém, a boa vida é interrompida por um pedido do agente Luke Hobbs (Dwayne Johnson), que oferece uma chance de redenção, caso eles o ajudem a localizar um criminoso que está utilizando carros adaptados para os roubos. 

O elenco é grande, mas todos têm espaço para explorar as características de cada personagem. Tyrese Gibson é o responsável pelo alívio cômico; Dwayne Johnson continua bem no papel do montanhoso agente Luke Hobbs; já Vin Diesel só funciona mesmo nas cenas de ação, porque quando é exigido um pouco mais de teor dramático, o ator deixa a desejar. De personagens novos, a presença de Gina Carano, que já foi lutadora de MMA, acrescenta boas coreografias de luta à projeção e o vilão de Luke Evans traz um bom contraponto aos outros antagonistas.

Uma característica da franquia é sempre buscar novas localidades para contar suas histórias. Dessa vez, a trama segue para a Europa, visitando países como Inglaterra e Espanha. Outro elemento marcante dos longas é a trilha sonora, que mantém o padrão, apresentando ótimas faixas de Rap e música eletrônica.

Um avanço obtido nesta sexta produção é perceptível no roteiro, pois aqui o roteirista Chris Morgan faz várias referências ao que foi visto antes, conectando eventos e demonstrando que é possível aprofundar mais a relação dos personagens. Uma das principais conexões é relacionada aos acontecimentos do quarto filme, mas a melhor é ligada à produção anterior. Na referência, ficamos sabendo o que de fato aconteceu numa determinada cena de Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio. Tal acontecimento é o ponto de partida para o sétimo longa.

Complicado ligar esse monte de referências? Se você não tiver assistido aos filmes anteriores, talvez. Se assistiu, vai se divertir, pois quando se pensa nas possibilidades que estão por vir, de acordo com essas conexões, os rumos são animadores.

Mais uma vez conduzido pelo diretor Justin Lin, Velozes e Furiosos 6 tem ótimas cenas de ação, mas continua pecando pelo excesso (Vin Diesel é quase um Super-Homem). Se algumas sequências não fossem tão exageradas, o resultado seria ainda melhor, já que a franquia começa a ganhar uma trama mais elaborada. Apesar disso, a diversão ainda é recorrente. Com as possibilidades anunciadas e a cena ao final da projeção, o pensamento que se tem é: "Que o sétimo filme venha Veloz...e Furioso também!"

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Jornalista apaixonado por cinema. Idealizou o blog com o desejo de partilhar as maravilhas da Sétima Arte com outros cinéfilos e quem mais se interessar pelo assunto.