
O primeiro filme apresentava o grupo de mercenários ao
público, demonstrando as características de cada personagem, muitas delas
vindas de outras interpretações dos atores e até de suas próprias
personalidades. Nesta continuação, as relações pessoais ganham um pouco de
espaço, só um pouco, afinal o que importa é a ação, o tiroteio e a pancadaria.
O longa acompanha o grupo em uma missão no Leste Europeu,
local onde batem de frente com o vilão Vilain, interpretado por ninguém menos
que Jean-Claude Van Damme (ótimo como antagonista). Quando a missão traz um
resultado inesperado, os mercenários juntam forças e partem em busca da velha
motivação do cinema oitentista: a vingança.
Stallone cede o lugar na direção para Simon West, com isso a
produção ganha uma dimensão melhor, mais técnica, mas sempre com aquela aura do
cinema de ação das antigas. As cenas demonstram o objetivo da produção de ser
maior e mais diversificada que o longa original. As lutas, por exemplo, trazem
embates entre Scott Adkins e Jason Statham, e Sylvester Stallone e Van Damme,
este desferindo sua famosa giratória do filme O Grande Dragão Branco.
Com ação divertida, a produção continua eficaz ao mostrar os
atores dividindo o mesmo metro quadrado de tela, dialogando e lançando referências
aos longas. Como não abrir um sorriso quando Schwarzenegger dispara um: “I’ll
be back!”, ou quando temos a presença de Chuck Norris relatando um Chuck Norris
Fact.
E muito bom também ver que o equilíbrio das participações
foi mais coeso neste filme. Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger não fazem
apenas pontas, Norris tem sua importância no desenrolar da trama, Randy Couture e o pai do Chris...ops, o Terry Crews...bem...continuam atirando e socando os inimigos.
A ótima ideia de Stallone, portanto, segue com a possibilidade desses
grandes astros terem novamente seus momentos de glória, pois muitos poderiam
não ter relevância num cinema que atualmente tem uma preocupação maior com
o visual. Para a próxima aventura, só nos resta aguardar mais astros e mais referências dos bons tempos que
voltaram com força total.
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