sexta-feira, 4 de julho de 2014

Os Mercenários 2 – Crítica

Cristiano Almeida

Em Os Mercenários 2 (The Expendables 2), Sylvester Stallone dá continuidade à ideia de reunir os antigos e recentes astros do cinema de ação em uma produção que pode não ser muito elaborada em termos de roteiro, mas cumpre a promessa de entretenimento puro.

O primeiro filme apresentava o grupo de mercenários ao público, demonstrando as características de cada personagem, muitas delas vindas de outras interpretações dos atores e até de suas próprias personalidades. Nesta continuação, as relações pessoais ganham um pouco de espaço, só um pouco, afinal o que importa é a ação, o tiroteio e a pancadaria.

O longa acompanha o grupo em uma missão no Leste Europeu, local onde batem de frente com o vilão Vilain, interpretado por ninguém menos que Jean-Claude Van Damme (ótimo como antagonista). Quando a missão traz um resultado inesperado, os mercenários juntam forças e partem em busca da velha motivação do cinema oitentista: a vingança.

Stallone cede o lugar na direção para Simon West, com isso a produção ganha uma dimensão melhor, mais técnica, mas sempre com aquela aura do cinema de ação das antigas. As cenas demonstram o objetivo da produção de ser maior e mais diversificada que o longa original. As lutas, por exemplo, trazem embates entre Scott Adkins e Jason Statham, e Sylvester Stallone e Van Damme, este desferindo sua famosa giratória do filme O Grande Dragão Branco.

Com ação divertida, a produção continua eficaz ao mostrar os atores dividindo o mesmo metro quadrado de tela, dialogando e lançando referências aos longas. Como não abrir um sorriso quando Schwarzenegger dispara um: “I’ll be back!”, ou quando temos a presença de Chuck Norris relatando um Chuck Norris Fact.

E muito bom também ver que o equilíbrio das participações foi mais coeso neste filme. Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger não fazem apenas pontas, Norris tem sua importância no desenrolar da trama, Randy Couture e o pai do Chris...ops, o Terry Crews...bem...continuam atirando e socando os inimigos.

A ótima ideia de Stallone, portanto, segue com a possibilidade desses grandes astros terem novamente seus momentos de glória, pois muitos poderiam não ter relevância num cinema que atualmente tem uma preocupação maior com o visual. Para a próxima aventura, só nos resta aguardar mais astros e mais referências dos bons tempos que voltaram com força total.

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Jornalista apaixonado por cinema. Idealizou o blog com o desejo de partilhar as maravilhas da Sétima Arte com outros cinéfilos e quem mais se interessar pelo assunto.